A Água irregularidades na sua distribuição

A Água irregularidades na sua distribuição

A água é um dos recursos mais preciosos que o planeta dá ao homem; ela existe no estado sólido, liquido e gasoso, por toda a terra.

Os oceanos constituem a maior reserva de água, com cerca de 97,25 do total existente no globo, os continentes e a atmosfera apresentam valores de 2,8% e 0,001% respectivamente.

A atmosfera, pela sua capacidade de absorção, transporte e libertação da água, torna-se o elemento fundamental nas transferências de água entre os oceanos e os continentes através do – Ciclo hidrológico, que é o processo de circulação contínua da água entre os Oceanos, a atmosfera e os continentes, por efeito da energia solar, que permite a passagem de um estado físico a outro.

O Ciclo da água

1- A água dos lagos, rios e mares está no estado líquido.

2 – O sol aquece a água, ela sobe para a atmosfera, transforma-se em gotas de água que se juntam e formam as nuvens.

3 – Quando as nuvens ficam muito pesadas, caem sobre a Terra em forma de chuva. A água da chuva vai ser aquecida pelo sol e assim o ciclo da água continua;

Principais fenómenos naturais que constituem o ciclo da água:

Evaporação: a radiação solar e o vento permitem a evaporação da água dos oceanos e rios, que, ao passar do estado líquido ao gasoso, se acumula na atmosfera;

Evapotranspiração: libertação de água, sob a forma de vapor, por transpiração e respiração dos animais e plantas, e ainda pela libertação da água dos solos.

O Ciclo Hidrológico

O ciclo hidrológico continua indefinidamente sem perda de água. O volume de água existente no Planeta mantém-se constante, bem como a sua distribuição, pelas calotes polares, pelos continentes e pela atmosfera.

Para além de garantir a distribuição da água à superfície da Terra, o ciclo hidrológico exerce uma acção purificadora: a substâncias diluídas na agua, são depuradas pelos processos de passagem da água de um estado físico a outro. Desta forma, apesar de constantemente utilizada pelos seres vivos e em especial pelo Homem, a água é um importante recurso renovável.

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Água residual – Efluentes líquidos que resultam da atividade humana. Podem ser de origem doméstica, industrial, agropecuária, entre outras.

O Clima em Portugal

Fatores que influenciam o clima em Portugal

A localização geográfica de Portugal nas latitudes intermédias da Zona Temperada Norte, é o principal factor do clima português, pois com que o estado do tempo seja influenciado.

No Inverno: pelas baixas pressões subpolares, pelas massas de ar frio e pelos anticiclones de origem térmica formados no continente.

No Verão: pelas altas pressões subtropicais (principalmente o anticiclone dos Açores), pelas massas de ar quente tropical e pelas depressões barométricas que se formam sobre o continente.

Tanto no Inverno como no Verão se faz sentir a influência dos ventos de oeste.

O facto de o território português ser mais influenciado pelas baixas pressões polares, no Inverno e pelas altas pressões subtropicais, no Verão, deve-se à deslocação latitudional dos centros de pressão que:

No Inverno se localizam mais a Sul;

No Verão se situam mais a Norte.

“Portugal é mediterrânico por natureza, atlântico por posição. Uma rápida resenha dos seus elementos geográficos mostrar-nos-á como eles assentam, em geral, numa forte base mediterrânica. Os aspectos que provêm da posição marítima são menos fáceis de definir, porque há um domínio atlântico com a homogeneidade da caracteres que distingue o mediterrânico.”

Orlando Ribeiro, Portugal, o Mediterrâneo e o Atlântico

Há um clima mediterrâneo, a que se liga a ideia de temperatura média elevada, de Verão longo, quente e sem chuva, de Inverno moderado, com um total de precipitações atmosféricas relativamente baixo.

O clima de Portugal é, assim, tipicamente mediterrâneo, embora a influência de factores como o oceano Atlântico / continentalidade e o relevo, façam com que um país de reduzidas  dimensões como Portugal apresente contrastes climáticos derivados precisamente da influência destes factores, dado que os mesmos vão provocar uma degradação das características tipicamente mediterrâneas. Assim, o clima mediterrâneo vai perdendo, em Portugal Continental, as suas características de Sul para Norte e do Litoral para o Interior.

Clima temperado mediterrâneo de influência atlântica, no Norte Litoral (Braga)

O Sul do país e o vale superior do Douro (localizado no NE de Portugal), apresentam características tipicamente mediterrâneas, onde os verões são quentes e secos, e os invernos suaves e com fracos totais de precipitação.

No Litoral Centro e Norte, o clima mediterrâneo degrada-se e adquire uma feição marítima. Os Verões são relativamente frescos, com uma reduzida estação seca, os Invernos suaves, com elevados valores mensais de precipitação. As amplitudes térmicas não ultrapassam, geralmente, os 10ºC.

No Interior, especialmente, no Nordeste, o clima mediterrâneo também se degrada, adquirindo uma feição continental. Os Invernos são muito frios e os Verões são muito quentes. As amplitudes térmicas anuais variam entre os 15ºC e os 20ºC. Os totais mensais e anuais de precipitação são inferiores aos do litoral e, no Inverno, é frequente a queda de neve. Além da influência da continentalidade, esta área do país encontra-se exposta aos ventos de leste provenientes do interior da Península Ibérica, cujas características são as seguintes: secos e frios no Inverno e secos e quentes no Verão.

O arquipélago dos Açores apresenta um clima temperado marítimo; a precipitação é bastante elevada nas áreas mais baixas e, mesmo os meses de Verão, registam queda pluviométrica. A temperatura é moderada com pequena variação anual.

A altitude tem um papel importante no acentuar da precipitação, salientando, por isso, o carácter marítimo do clima.

No arquipélago da Madeira, a latitude e as características das formas de relevo são os factores que influenciam o clima de forma mais preponderante. Deve-se também ter em atenção que o arquipélago da Madeira se localiza a oeste do continente africano, influenciando este o arquipélago como os seus ventos quentes e secos.

A vertente Norte da Ilha da Madeira é muito mais chuvosa do que a vertente Sul que, por seu lado, é muito mais soalheira e, por isso, mais quente. A vertente Norte apresenta características de clima oceânico, praticamente sem período estival. A vertente Sul, de altitude mais baixa, apresenta um clima comparável ao subtropical, devido aos reduzidos valores de precipitação e à longa duração do período seco estival.

Clima temperado mediterrânico de influência continental no Norte Interior (Bragança).

Clima temperado mediterrânico em todo o Sul do País

O clima, através do seu efeito na vegetação, divide Portugal. Tal como em Espanha, estão envolvidos três tipos de influências: atlântica, continental e mediterrânea. A atlântica é predominante, o que faz com que grande parte do país se insira na zona húmida na Península Ibérica. Isto é especialmente comprovado no noroeste, onde o clima é temperado e chuvoso.

Portugal vê-se influenciado pela benéfica ação dos ventos marítimos, em especial ao longo da sua longa costa de 700 km de extensão.

A humidade declina à medida que nos vamos afastando da costa, predominando no interior o clima de feição continental, à exceção do vale Norte do Tejo, onde o clima se mantém húmido e suave. A região Norte beneficia dos ciclones atlânticos, enquanto as regiões Sul e Este são dominadas pelo anticiclone subtropical, que permite a subida das temperaturas até aos 40º C durante o Verão.

O clima varia de acordo com a altitude e as temperaturas mais elevadas verificam-se, geralmente, nas regiões baixas do sul.

Disponibilidades hídricas

Os recursos hídricos disponíveis dividem-se em águas superficiais (rios,lagos e albufeiras) e águas subterrâneas (nascentes naturais e aquíferos). Dependem sobretudo dos seguintes factores: clima (temperatura e precipitação), morfologia do solo, natureza geológica dos terrenos (permeáveis e impermeáveis), cobertura vegetal e acção do próprio Homem.

bacias hidrográficas

Lagoas portuguesas

As lagoas portuguesas podem agrupar-se em 3 grupos de acordo com a sua origem:

Marinha / fluvial;

Glaciária;

Tectónica;

Albufeiras

As albufeiras, lagos artificiais, são da responsabilidade da ação humana e resultam da construção de barragens. Estas albufeiras são criadas com os seguintes objetivos:

Produção de energia elétrica;

Rega;

Abastecimento das industrias;

Abastecimento da pop em geral.

albufeiras

Águas subterrâneas

O escoamento subterrâneo depende da precipitação, da natureza das rochas e permeabilidade dos terrenos. É natural que os aquíferos apareçam nas áreas de calcário, areias ou grés, por serem rochas permeáveis, enquanto os terrenos graníticos ou xistosos, pouco permeáveis explicam a escassez de toalhas freáticas.

Potencializar os recursos hídricos

A gestão dos recursos hídricos exige planos quantitativos e qualitativos que apontem medidas de racionalização dos consumos, contenção dos desperdícios, protecção e controlo da qualidade da água e ainda a mobilização de novos recursos superficiais e subterrâneos.

A racionalização do cons de água na indústria deve apontar para a utilização de tecnologias secas.

Os problemas na distribuição e utilização da água

A água sempre foi, e contínua a ser, um forte factor de desenvolvimento, no entanto, a sua utilização comporta alguns perigos ambientais que poderão comprometer a quantidade e qualidade da água disponível. Portugal encontra-se numa situação confortável a nível de recursos hídricos, mas este recurso não se encontra distribuído regularmente.

Formação de frentes e sua influência no Estado de Tempo

O território português, é influenciado, sobretudo no Inverno, pelas baixas pressões subpolares às quais, geralmente, se associam precipitações mais ou menos intensas. Torna-se pois, importante compreender a ação desses centros de pressão.

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A frente polar do hemisfério norte

O território português, é influenciado, sobretudo no Inverno, pelas baixas pressões subpolares às quais, geralmente, se associam precipitações mais ou menos intensas. Torna-se pois, importante compreender a ação desses centros de pressão.

Quando se encontram duas massas de ar com características diferentes em sentidos opostos e convergentes forma-se uma superfície frontal.

área de contacto entre 2 massas de ar. À intersecção da superfície frontal com a superfície terrestre chama-se frente, termo que também designa todo o conjunto.

Anticiclones – revisão

Os Anticiclones são Zonas de Altas Pressões.

São indicadas nas cartas com as letras H ou A no centro da Isóbara mais pequena e com valores superiores a 1013 hectopascais (hPa) do que para as zonas à volta e por Isóbaras relativamente distanciadas umas das outras.

Os ventos são mais fortes na periferia  e mais fracos no centro do Anticiclone. Podem estender-se por grandes Zonas e deslocam-se geralmente muito lentamente, podendo, por vezes, ficar estacionários durante meses. Em geral, provocam Bom Tempo.

Perturbações frontais

Uma perturbação frontal é constituída por um sector de ar tropical quente, entre dois sectores de ar polar frio, verificando-se uma dupla ascensão dinâmica do ar:

Na frente fria, por efeito da interposição por baixo do ar quente;

Na frente quente, por sobreposição do ar quente ao ar frio.

O conjunto formado pela associação de uma frente fria, uma frente quente e uma depressão barométrica constitui uma perturbação frontal.